2 de junho de 2011

Literatura de cordel

Leitura
- Conhecer literatura de cordel.
- Ler por prazer.
Conteúdo
- Leitura e interpretação de cordel
Anos
4º e 5º.
Tempo estimado
Um mês.

Material necessário
Cópias do cordel O Romance do Pavão Misterioso, de José Camelo de Melo Rezende.
Flexibilização
Para alunos com deficiência auditiva
Ter um intérprete de libras em sala é muito importante para o desenvolvimento do aluno com deficiência auditiva. De qualquer modo, proponha ao aluno que sente nas carteiras da frente e fale pausadamente, articulando bem as palavras, para auxiliar aqueles capazes de fazer a leitura orofacial. Antecipe o cordel que será trabalhado na sequência para o aluno surdo e faça marcações com cores diferentes nas terminações de palavras que rimam e em palavras escritas na variedade popular (como são faladas). Preparar uma espécie de 'glossário com as palavras da língua falada e com a sua grafia na variedade padrão da Língua Portuguesa ajuda o aluno a compreender melhor a proposta do cordel. As ilustrações também contribuem para a aprendizagem desses alunos. Amplie o tempo de realização das etapas da sequência e conte com a ajuda do AEE para que o aluno trabalhe a interpretação do cordel na língua de sinais.
Desenvolvimento
1ª etapa
Prepare-se para uma conversa com a turma sobre a literatura de cordel: sua origem, o porquê do nome, seu desenvolvimento no Brasil, o preconceito que pesou sobre o gênero no passado, sua valorização nos dias de hoje etc. Em seguida, estude o cordel O Romance do Pavão Misterioso, também com a intenção de preparar a leitura em voz alta que você fará para os alunos naa 3ª etapa.
2ª etapa
Compartilhe com os estudantes as informações reunidas sobre a literatura de cordel. Informe-os de que você vai ler com eles um dos maiores clássicos do gênero – nada menos que o folheto mais vendido de todos os tempos. Caso você tenha conseguido um exemplar original, aproveite para mostrá-lo à sala, deixando que as crianças explorem a ilustração da capa. Se não conseguiu, explique que muitas obras de cordel estão disponíveis na internet e que foi de lá que saiu o texto. Em seguida, avise que você lerá em voz alta a primeira parte do cordel, mas que, no decorrer da atividade, todos poderão desempenhar esse papel.
3ª etapa
Leia em voz alta da estrofe 1 à 25. Em seguida, promova uma discussão com perguntas do tipo: na estrofe 5, o autor afirma que João Batista "pensou pela vaidade". O que isso quer dizer? Proponha que as crianças releiam as 25 estrofes e ajude-as a adequar a entonação e o ritmo da fala. Por fim, informe que, antes de cada uma das sessões de leitura que virão a seguir, elas receberão a cópia de mais uma parte do cordel para que possam preparar a leitura em casa.
4ª etapa
Na segunda sessão, trabalhe com as estrofes 26 a 42. Depois que elas forem lidas por você e pelos alunos, conduza a discussão com perguntas que estimulem a interpretação. Por exemplo: o que o autor quis dizer quando se referiu a "capitalista"? Repita o procedimento nas etapas seguintes.
5ª etapa
Sessão 3 (estrofes 43 a 62): o que a palavra "azougada" significa?
6ª etapa
Sessão 4 (estrofes 63 a 82): o que a personagem Creuza quis dizer com "se és vivo ou encantado"?
7ª etapa
Sessão 5 (estrofes 83 a 104): o que o personagem Evangelista quis dizer com "levo essa estrangeira"?
8ª etapa
Sessão 6 (estrofes 105 a 121): o que Creuza quis dizer com "um rapaz para me ver precisa ser encantado"?
9ª etapa
Sessão 7 (estrofes 122 a 141): o que as crianças acharam do fim da história?
Avaliação
Verifique se os alunos conseguiram interpretar adequadamente o cordel e analise o compromisso deles com a preparação da leitura.

Consultoria: Ana Flávia Alonço Castanho
Formadora do Projeto Entorno, de São Paulo.
http://revistaescola.abril.com.brPost.Bethânia

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