1 de novembro de 2009

Imprimiu? Retire a tinta e reutilize o papel

Imprimiu? Retire a tinta e reutilize o papel
Experimento da Universidade de Cambridge conseguiu remover tinta suficiente de um papel para que ele pudesse ser novamente utilizado para impressão.
Thomas A. M. Counsell e Julian M. Allwood, do departamento de engenharia, decidiram estudar uma maneira de minimizar o impacto ambiental da reciclagem do papel de escritório. Uma das melhores formas de se fazer isso é permitir que o papel, que antes seria jogado fora, seja imediatamente reutilizável.

O ponto de partida do estudo foram investigações anteriores, inclusive de outros pesquisadores, a respeito do uso de solventes para remover do papel a tinta preta usado nas impressoras. Existem, basicamente, três processos já testados: uso de solvente, esfregação e agitação ultrassônica.
A imersão em solventes retira somente 10% do pigmento. No entanto, quando combinada com a esfregação, a remoção chega a 50%. Por fim, se essas duas etapas forem unidas à agitação ultrassônica, a taxa chega a 80%.
Ao combiná-las, misturando diferentes solventes, os pesquisadores conseguiram melhorar o papel a ponto dele se tornar reutilizável – apesar de ser distinguido de um novo.
Eles descobriram que encharcar o papel impresso em uma mistura de 60% dimetil sulfóxido e 40% clorofórmio e aplicar agitação ultrassônica por quatro minutos resulta em um papel que pode ser rapidamente reimpresso.
A reutilização de papel pode se mostrar um ponto importante na redução do consumo mundial. Segundo dados da Aracruz, parte da maior empresa de celulose do mundo, cada brasileiro consome 39,5 quilos de papel por ano. Nos Estados Unidos, são 300 quilos por pessoa, sendo que a média mundial é de 56 quilos ao ano.
Apesar dos bons resultados, a pesquisa ainda precisa ser validada em outros tonners e tipos de papel. Além disso, são necessárias mais análises para investigar outros aspectos, como a segurança do método, a influência da temperatura e as implicações econômicas e ambientais.
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O estudo foi publicado na Proceedings of the Royal Society A. Via Info.


Postado por: Maria Bethânia

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